A certa altura da partida, Holger Rune só consegue sorrir amargamente. Ria para não chorar, pelas conquistas técnicas, atléticas, psicológicas e emocionais de Jannik Sinner.
Na Rod Laver Arena, oitavas de final do Aberto da Austrália, o número 1 do mundo italiano e atual detentor do título faz mais uma atuação surpreendente de um fenômeno da raquete, mais forte que seu adversário, mas acima de tudo nas adversidades, incluindo um semi-colapso como um resultado de dores de estômago e tonturas arriscando seu primeiro Slam da temporada entre o segundo e o terceiro sets.
Estamos no início do segundo set, depois que a raposa de San Candido venceu o primeiro com bastante facilidade por 6-3. O placar é 1-1, 40-30 para o dinamarquês número 13 no ranking ATP em serviço. Holger acelera e bate forte. Mas Jannik passa a responder com forehands e backhands, mandando a bola 1, 2, 3 vezes e sempre beijando as linhas. Quase 30 segundos impressionantes em termos de precisão, ritmo e potência. Quando o tirolês do sul termina a troca com um backhand devastador de duas mãos na linha (também coincidentemente logo acima da fita branca), a Rod Laver Arena explode em aplausos de pé. Sinner, tendo entendido o que quero dizer, retorna à sua posição com a cabeça baixa. Rune, pego pelo diretor australiano, faz uma careta como se dissesse: “O que mais posso fazer do que isso?”. Para ser claro: graças ao declínio físico do fenómeno italiano, ele também consegue levar o set, mas acaba por regressar a casa com um 3-1, o que é mais do que uma frase.
Vale a pena acordar às 4 da manhã para ver #Pecador?
Responder: #AusOpen pic.twitter.com/MqexLs08yQ
— ⁴⁴ (@Lasciamosta) 20 de janeiro de 2025