Dois soldados norte-coreanos foram feitos prisioneiros durante combates na região de Kursk, no sul da Rússia, segundo o presidente ucraniano. Volodimir Zelensky ele disse no sábado.
Os homens sobreviveram apesar dos ferimentos de combate e foram levados para Kiev, onde foram interrogados por agentes da inteligência ucraniana, postou Zelensky nas redes sociais.
A imprensa terá acesso aos presos, disse: “O mundo deve saber o que está acontecendo”.
Não foi o seu primeiro relatório sobre norte-coreanos capturados. No entanto, de acordo com Zelensky, os prisioneiros anteriores morreram devido aos ferimentos.
Acredita-se que a Coreia do Norte tenha enviado cerca de 12.000 soldados à Rússia para apoiar a sua invasão em grande escala da Ucrânia, lançada em Fevereiro de 2022.
Moscovo está actualmente a utilizar norte-coreanos para reforçar as suas unidades no contra-ataque na região de Kursk, parte da qual as tropas ucranianas tomaram numa ofensiva surpresa em Agosto passado.
De acordo com estimativas tanto da Ucrânia como dos Estados Unidos, os norte-coreanos estão a sofrer pesadas perdas naquele país.
Zelensky anexou fotos em suas postagens que supostamente mostravam os prisioneiros.
É difícil capturar soldados norte-coreanos vivos, escreveu ele. Os militares russos e norte-coreanos preferem matar os norte-coreanos feridos do que permitir que sejam feitos prisioneiros, disse ele.
“Como todos os prisioneiros, estes dois soldados norte-coreanos recebem os cuidados médicos necessários”, escreveu Zelensky.
Ao abrigo do direito humanitário internacional, os prisioneiros de guerra não podem ser exibidos em público. Segundo a Cruz Vermelha, não é proibido fazer reportagens sobre prisioneiros de guerra, mas os cativos não devem ser identificados.
Zelensky também mostrou uma carteira de identidade militar russa, segundo a qual um dos norte-coreanos tinha seu local de nascimento na república russa de Tuva.
“A Rússia dá esses documentos aos coreanos, mas eles não enganam ninguém”, comentou Zelensky num vídeo. “A própria Rússia está fazendo tudo o que pode para prolongar e expandir a guerra e assumirá a responsabilidade por isso.”